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um amor ao inverso


Hoje é Dia do Escritor e, para comemorar, resolvi trazer o prólogo de Inversos, minha nova história, que dá sequência à Clichê. Estou bem ansiosa para mostrar a história desses dois ao mundo, então espero que gostem!

Prólogo Channing Tatum entrou na sala de musculação. Eu, a pobre garota burra, estava tentando correr na esteira. Não sei o que acontece comigo nos meus sonhos, mas sempre sou burrinha. Coisas acontecem como: derrubo meus livros depois de trombar com Henry Cavill, gaguejo quando Chris Hemsworth me pede informação ou me afogo na piscina da casa do Adam Levine. Esse tipo de coisa. Eu não sei o que aconteceria comigo dessa vez, afinal, Channing Tatum não é qualquer um, mas seria algo humilhante. Bom, seria mesmo. Eu burramente fiquei encarando o peito malhado/nu dele e escorreguei na esteira. Meu rosto estava prestes a fazer contato com o chão no maior estilo videocassetadas quando o sonho se dissolveu e eu ouvi meu telefone tocar. Era o toque especial que eu reservei para Carter Manning. — Que droga, Bruna! Vem aqui agora! — Carter Manning soava furioso. Gostaria só de salientar que a autora deste livro suaviza todos os palavrões que eu e meus colegas personagens dizemos. É até bom, porque falamos muitos palavrões. Muitos mesmo. Por exemplo, apenas na frase de Carter já havia dois palavrões. E nós mal começamos a contar a história. Ah, Carter desligou a ligação assim que terminou de dizer aquilo. — Oi, Carter. Eu também estou ótima. Claro, eu posso passar na sua casa. Espere uns vinte minutos, ok? — Eu disse para o telefone mudo. Passei cinco minutos no chuveiro. Quando ele estava furioso, demorar significa ouvir discursos intermináveis e piadinhas, mas eu não queria sair de pijamas. No momento em que saí de dentro do banheiro, já estava de short e regata. Calcei meus chinelos e desci até meu carro. Quando me mudei para LA, andava de bicicleta para todo lado, porque não tinha carro e o transporte público aqui não é a melhor opção. Quando comecei a trabalhar para Carter, um carro, um pequeno apartamento e um iPhone 6 vieram junto. Pelo menos isso compensa a dor de cabeça que o homem me dá. Eu estava tão nervosa com essa situação toda de “vem aqui, Bruna” que saí do carro na porta da casa dele sem nem calçar os chinelos. Quando senti o chão de ladrilhos queimar a sola do meu pé, voltei correndo e coloquei minhas Havaianas dos Minions. Aí sim fui até a casa. Nem precisei abrir a porta. — O que foi, homem? — Eu perguntei assim que vi sua cara branca desesperada na minha frente. — Veja com seus próprios olhos. — Ele indicou a porta da sala com a cabeça. O que vi quando cheguei lá deixou meus dois olhos arregalados.


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