BEIJEI: o primeiro beijo de Bruna Campello
Estou aqui escrevendo "Beijei!".
"Beijei!", para quem não sabe, é a história da Dani, irmã da Bruna de Inversos. No capítulo de hoje, a Bruna conta pra Dani como foi o primeiro beijo dela. Decidi que quero compartilhar com vocês como foi. Contem pra mim se gostaram de saber sobre o primeiro beijo da Bruna. Nos próximos capítulos, outros personagens vão falar sobre os primeiros beijos deles e, se vocês gostarem, eu vou continuar compartilhando aqui.
— Bru, você me conta sobre o seu primeiro beijo? Minha irmã começou a rir. Ela colocou o esmalte na bolsinha que estava ao lado dela novamente e esticou os pés. — Eu conto, mas quero que prometa não se inspirar em mim para o seu primeiro beijo. — Prometo. — Você sabe que eu odeio matemática. — Balancei a cabeça concordando. — Eu estava estudando com um garoto para a prova, lá no colégio. A gente ainda estudava no Brasil. Ele era muito bonito e eu não aguentava mais ouvir ele falar sobre matemática. Tudo o que eu conseguia pensar era em formas de calar a boca dele e fazer ele me beijar. Então, do nada, eu pulei no pescoço do garoto e encostei minha boca na dele. — Sério? Do nada? E se ele não quisesse te beijar? — Eu não estava me importando muito, Dandan. — E se você beijasse muito mal? — Eu beijava. Foi horrível. Meu dente bateu no dele, acabei amassando o nariz no rosto dele, o que doeu um pouco, eu não sabia o que fazer com a língua. — E o que aconteceu? — Bom, ele deu um jeito. Segurou meu rosto pra me acalmar, guiou o beijo. Aí as coisas começaram a sair direito. Quando a gente se separou, ficamos nos encarando e morremos de rir. Eu tinha 16 anos, nunca tinha beijado na boca e estávamos prestes a nos mudar para outro país, então não tinha muito mais a perder. — A gente pode se mudar na minha vez também? Não quero passar por essa humilhação. Minha irmã riu de mim de novo, pegou o fone do meu ouvido e se levantou. — Não, maninha. Você não tem tanta sorte. Eu não tinha mesmo. Bruna começou a entrar em casa, mas eu a chamei antes para mais uma dúvida. — Por que você demorou tanto, Bu? Minha irmã deu de ombros, como se isso não importasse muito. — Eu era feia na adolescência, usei aparelho. Tinha muito medo de que ele atrapalhasse e tal. Então ficava meio retraída com garotos. Tirei o aparelho quando ia fazer 16, então comecei a me soltar um pouco, mas aí meu medo foi a falta de experiência. — Você namorou o garoto que deu seu primeiro beijo? Ela balançou a cabeça negativamente. — Não. Ficamos algumas vezes, mas a gente ia se mudar em breve e eu não quis ter nada sério com ele. — Abri a boca para fazer outra pergunta, mas ela me atrapalhou. — Chega, pirralha. Muitas perguntas para um dia só. Vai fazer o dever de casa.